No século XV, Gonçalo Velho Cabral saiu de Portugal à procura de novas terras, com a promessa de batizar a primeira terra que encontrasse com o nome da Mãe Santíssima.
A viagem foi custosa e demorada, mas a esperança de que uma nova terra iria aparecer nunca se desvaneceu.
Depois de algum tempo, entre calmarias e tempestades, chegou o verão, mais propriamente o dia de Nossa Senhora de Agosto.
No alto do mastro, um marinheiro fitava o horizonte e começou a aparecer-lhe algo parecido com uma nuvem, mas ao se aproximarem, esta tomou uma forma cada vez mais real e a dada altura o marinheiro da vigia não teve mais dúvidas:
– Oh! É terra que está ali…
Elevando a sua voz, com toda a força do seu corpo e alma, gritou:
– Terra à vista! Terra à vista! Terra à Vista!
No momento da descoberta, Gonçalo Velho e a restante tripulação, tinham iniciado o dia a rezar o terço a Nossa Senhora. No momento da descoberta, encontravam-se a rezar a “Avé-Maria”, pronunciando “Santa Maria”.
Pela promessa feita antes do embarque, ficou a primeira ilha dos Açores batizada de “Santa Maria”, tendo esta fé de Gonçalo Velho passado para os/as marienses que ainda hoje têm grande devoção a Nossa Senhora e festejam, no mês de agosto, o dia da “Nossa Senhora da Assunção”, nas comumente designadas “Festas 15 de Agosto”.