O Poço do Negro

Em meados do século XV Santa Maria já era povoada por colonos vindos de várias partes do reino e escravos do norte de África.

Nem sempre havia paz entre a população, havia desavenças, desentendimentos e crimes. Assim aconteceu com um escravo negro e, como a justiça era dura, o negro fugiu. Refugiou-se no interior da ilha e abrigou-se em furnas e algares.

Os criados ao serviço do seu antigo dono perseguiram-no sem descanso, indo até a locais de difícil acesso, mas nunca o encontraram e acabaram por desistir da busca.

Um dia, um caçador perdeu-se nos matos, continuou a andar e foi dar a um poço. O dia estava quente e o homem estava cansado, por isso tentou beber a água do poço, mas esta não tinha bom aspeto e tinha um cheiro horrível. Ao visualizar melhor o poço, viu um corpo negro a flutuar no poço, que lhe lembrou o escravo que tinha fugido e, posteriormente, desaparecido. Com medo, o homem fugiu e encontrou uma casa onde contou aos donos da mesma o que tinha visto.

A população ganhou medo e dizia que o local era assombrado e que o poço não tinha fundo. Devido a este facto, os marienses passaram a chamar aquele local “Poço do Negro”.

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